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Zilor compra rival controlada por gestora americana
Salto Botelho Agroenergia foi avaliada em R$ 600 milhões, vendida depois que outro negócio não vingou
Publicado em 18/10/2024 às 09h21
Foto Notícia
A Zilor, empresa paulista do mercado de cana-de-açúcar, acaba de acertar a compra da concorrente Salto Botelho Agroenergia, até então controlada pela gestora americana Amerra Capital Management, especializada em ativos estressados do agronegócio. A companhia foi avaliada em R$ 600 milhões, negócio que envolve cerca de R$ 400 milhões em dinheiro e o o restante em dívida.
 
    A aquisição foi acertada depois de a Amerra ter desfeito a venda da Salto Botelho para a Bahia Etanol (também conhecida como Bel), uma transação anunciada em janeiro e que chegou a ser aprovada pelo Cade.

    O negócio, porém, envolvia condições que não foram cumpridas pela Bahia Etanol, o que fez a Amerra ar a procurar um novo comprador. Com a Zilor, a negociação se deu em cerca de 40 dias.

    A compra feita pela Zilor está sendo anunciada apenas duas semanas depois de a empresa vender o controle de um outro ativo no início do mês por valor similar. Na ocasião, a Zilor reou 70% da Biorigin, seu negócio de leveduras, instalado na planta de Quatá, no interior paulista, para a sa Lesaffre, por R$ 665 milhões. "Uma operação não dependia da outra, foi uma coincidência de tempo e valores", disse ao Pipeline o CEO da Zilor, Fabiano Zillo, da família fundadora, os Zillo Lorenzetti (a junção da primeira sílaba dos dois sobrenomes gerou o nome Zilor).

    A Salto Botelho, localizado em Lucélia, é um negócio que chegou a estar em recuperação judicial em 2022, mas teve suas finanças colocadas em ordem pela Amerra, que a comprou naquele ano. A empresa, agora com uma receita líquida anualizada de cerca de R$ 400 milhões, tem capacidade de moagem de 1,8 milhão de toneladas de cana-de-açúcar, direcionadas para produção de etanol anidro, hidratado e açúcar VHP, dos quais 58% para açúcar. Possui ainda uma usina de cogeração de energia com 12MW de potência e emprega diretamente cerca de 700 pessoas na região.

    Com a transação, a Zilor ará a ter quatro usinas de cana-de-açúcar no estado de São Paulo (as três atuais ficam em Lençóis Paulista, Macatuba e Quatá) e sua capacidade de moagem ará de 12 milhões para 13,8 milhões de toneladas, um aumento de 15%. "Como somos cooperados da Copersucar e temos um braço comercialização, esse ativo faz todo sentido para nós", disse a CFO da Zilor, Denise Francisco.

    Desempenho operacional

    No último ano-safra completo (2023/2024), a moagem total da Zilor foi de 11,4 milhões de toneladas. Com o processamento da cana-de-açúcar, a empresa produz açúcar e etanol, além de exportar energia elétrica gerada a partir da biomassa.

    No segundo trimestre deste ano (equivalente ao primeiro trimestre do ano-safra de 2025), a Zilor teve receita líquida de R$ 762 milhões, queda de 11,9% ante igual período do ano ado, e lucro líquido de R$ 65 milhões, avanço de 15%.

    Com exceção da sociedade com a empresa sa na Biorigin, a Zilor não tem nenhum outro sócio no grupo, até hoje controlado pela família. O CEO diz que a empresa não tem planos para deixar de ser fechada no curto prazo, até porque está com alavancagem controlada, e acabou de fechar duas transações relevantes. O foco agora é se concentrar nas integrações, o que deve se estender até maio, e evitar novos movimentos até lá. "Depois disso, podemos voltar a pensar em novas possibilidades."
     
    Por André Ítalo Rocha
    Fonte: Globo Rural
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